Excesso |
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Enquanto a criatura permanece no corpo terrestre, é natural se preocupe com o problema da própria manutenção. Vigilância não exclui previdência. Mas não podemos olvidar que o apego ao supérfluo será sempre introdução à loucura. Tudo aquilo que o homem ajunta abusivamente, no campo exterior, é motivo para aflição ou inutilidade. Patrimônios físicos sem proveito, isca de sombra atraindo inveja e discórdia. Alimentos guardados, valores a caminho da podridão. Roupa em desuso, asilo de traças. Demasiados recursos amoedados, tentações para os descendentes. Todo excesso é parede mental isolando aqueles que o criam, em cárceres de orgulho e egoísmo, vaidade e mentira. Observa, assim, o material que amontoas. Tudo o que está fora de ti representa caminho em que transitas. Agarrar-se, pois, ao efêmero é prender-se à ilusão. Mas todos os bens espirituais que ajuntares em ti mesmo, como sejam virtude e educação, constituem valores inalienáveis a brilharem contigo, aqui ou alhures, em sublimação para a vida eterna. Emmanuel |
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