Carta a Minha Mãe


És, minha Mãe, a estrela da lembrança,
Brilhas na dor que a saudade produz.
Ditavas-me as lições do Herói da Cruz,
Mas tudo recusei... Pedi mudança...

Ouro e poder !... Não há nada que os vença !...
A febre da ambição ninguém traduz...
Ninguém sabe os caminhos que transpus
Para formar minha fortuna imensa...

Tudo a morte varreu, em ações frias;
Quero contar-te a mágoa de meus dias,
Falar-te sobre a angústia dos meus ais !...

Quando rever-te !... Agora ou no futuro ?
Vem afastar-me do meu canto escuro,
Onde a saudade existe e nada mais !...

Antonio Vieira

(Soneto recebido pelo médium Francisco Cândido Xavier
em reunião da noite de 27 de Fevereiro de 1993
no Grupo Espírita da Prece, em Uberaba, Minas).

 

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