São Paulo, 26 de Fevereiro de
2011.
Nessa visita contamos com a presença de 15 pessoas,
sendo 14 mulheres, mas conseguimos dar conta do recado e
fizemos bonito srrsrsr.
Preparamos uma linda mesa com deliciosos bolos de
chocolate, tortas, brigadeiros e doces variados.
Enchemos bexigas e ainda subimos as escadas para
amarrá-las no alto. Quem costuma fazer isso são os
voluntários homens, porém, neste momento só havíamos
nós mulheres e super poderosas. E segura daqui e dali,
risadas e mais risadas e, enfim, a garagem ficou
lindamente decorada.
Iniciamos o lanche para as crianças e voluntários.
Eram tantas opções que as crianças não sabiam nem o que
comer primeiro. É um momento único, onde elas não só
matam a vontade de se lambuzarem de brigadeiros, mas
também de pedir nossa atenção, nosso carinho.
Então, elas aproveitam ao máximo. “Tia, eu quero àquele
doce que você deu pra ele.” ...”Tia, tem mais
brigadeiro?”. “Tia, você trouxe presente hoje?”.
São muitos questionamentos. Alguns nos pegam de
surpresa, como a situação relatada pela voluntária
Camila.
Outros, já são esperados, como o caso da voluntária
Cinthia, que é deficiente visual.
A Ana Isabel e a Rebeca, de 11 e 9 anos respectivamente,
fizeram muitas perguntas: “Tia, como você consegue andar
sem enxergar?”. “Tia, como você sabe quem está aqui?”.
Mas a Cinthia explicou tudo pacientemente.
Porém, dependendo das respostas, as meninas ainda faziam
o teste para ver se a Cinthia não estava mentindo.
Foi o que fizeram quando colocaram a palma da minha mão
sobre a palma da mão da Cinthia e lhe perguntaram quem
era.
Para a nossa surpresa a Cinthia acertou.
As meninas acharam um máximo e confesso que eu também,
mas a Cinthia esclareceu que os deficientes visuais
desenvolvem os outros sentidos como o tato e audição
para poder entender o que acontece ao seu redor.
Também fomos ao berçário brincar um pouco com os bebês.
É muito bom pegá-los no colo e ver seus sorrisos.
Difícil é acreditar que um ser tão pequeno pode ter sido
abandonado pela mãe. Mas aprendemos que não devemos
julgar os motivos que fizeram com que esses bebês fossem
para o orfanato.
Devemos apenas doar, provocar sorrisos e demonstrar o
nosso amor.
O mais difícil é quando temos que sair do berçário,
ouvindo seus choros como se tivessem pedindo para a
gente ficar.
Esse momento é triste, mas necessário. O que nos
conforta é no encerramento quando as crianças maiores se
despedem alegremente e já pedindo pelo nosso retorno.
“Tia, quando você volta?.”
É quando sentimos o peso da nossa responsabilidade,
quando percebemos o quanto somos importantes e não
existe problema e nem deficiência que possa nos impedir
de praticar a solidariedade, de doar amor, carinho e
atenção.
DOE-SE!!!
TUDO DEPENDE DE NÓS!!!
Até a próxima visita: dia 26/03
Muito obrigada
Tia Brenda
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