Edição Anual - 2008 Número 001

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AABF - Associação Amigo Beija Flor


Festa do dia das crianças no Vila Acalanto – 11/10/08


Caros amigos,

Saudações!

Hoje aconteceu mais uma comemoração do dia das crianças no Vila Acalanto.

O evento contou com aproximadamente noventa beija-flores.

Aprendi que é sempre positivo registrar as sensações que experimentamos, imediatamente, para garantirmos sua fidelidade.

Conheci muitas pessoas, revi outras, e, como esse mundo é pequeno apesar de aparentar imenso, encontrei a Lourdes, uma colega do coral do qual faço parte.

Além de ter levado o filhinho de uma amiga ao parque.

Igualmente às festas anteriores, novamente saí daquele local com o coração partido pela dor de ter de deixar aqueles pequeninos tão indefesos...

É bom demais o privilégio de ter conhecido crianças como a Latifa no auge dos seus seis meses e revê-la saudável, já andando!

Confesso que senti muita saudade daqueles pequeninos que conheci mas que já foram morar com outras famílias, como foi o caso do Robertinho que chegou no Acalanto com apenas quarenta dias.

O momento mais forte foi quando já estava saindo do berçário, e uma menina de uns três anos ficava entrando na minha frente e agarrando as minhas pernas para brincar, como que se dissesse: “Quero ir com você”, ou “Fique aqui comigo!”.

Uma coisa que sempre observei e que me deixa chateada é que todas as crianças que são adotadas e que vão às festas para visitar os coleguinhas, sempre possuem a melhor aparência...

Se pudesse adotar alguma delas, certamente adotaria aquela que, ao pegá-la no colo, sentisse maior afeto, independentemente de cor, raça e demais diferenças, pois, sendo a imagem e semelhança de Jesus Cristo, não posso fazer afeição de pessoas.

Vendo todas as crianças sentadinhas no tapete abrindo seus presentes, me veio a imagem de uma menina que muito cedo também teve de ficar à mercê de pessoas estranhas...

Outro fato que nem sei se deveria registrar aqui, foi que, quando estava indo embora, uma funcionária do Orfanato que já me conhece colocou meu dedo indicador na parte mais recheada do restante do bolo, como quem quisesse brincar com meu lado criança. Adorei!

Coloquei o dedo por várias vezes! Por fim, foi a fatia que vim a comer.

Compreendo que muitos acharão esse fato infantil ou anti-higiênico, peço-lhes desculpas por isso, mas todos nós temos um lado “criança”, ou seja, temos carência afetiva: desejamos ser amados. Muitas vezes não temos consciência desse nosso desejo, ou por algum motivo, preferimos sabotá-lo.

E quem nunca colocou ou teve vontade de cutucar um bolo?

Para encerrar, concluo que não há nada mais esplêndido do que ter o colo de um papai e de uma mamãe para sentar, ter uma mão que afague os cabelos, uma boca pura para dar um beijo sincero, e o carinho mais fundamental: ter dois braços para nos abraçar, braços esses que nos protejam, que transmitem um calor, uma emoção, uma informação de que nunca estaremos sozinhos.

Um fraterno abraço a todos, e quem puder, me escreva!

Grata,

Cynthia - eliana_cynthia@yahoo.com.br

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